O texto que escolhemos para esta semana fala de algo bastante importante na criação dos filhos: o exemplo e a transparência.
Educar não é uma tarefa fácil. Os filhos tem em nós, pais, uma forte referência de valores, comportamento, auto estima e muito mais. Por isso é preciso atenção. Criar filhos conscientes e preparados para as demandas da vida adulta pressupõe nos observar diariamente e isso é um enorme desafio.
Se é assim com a forma como agimos no dia a dia, como lidamos com nossas conquistas e nossos fracassos, como tratamos o próximo e exigimos ser tratados, com o consumo não é diferente. Nossa forma de consumir diz muito sobre quem somos, nossos valores e o que importa pra nós. E isso deve ser conversado e discutido com os filhos. Além do exemplo, é preciso transparência e franqueza nas relações. As crianças são muito mais perspicazes do que imaginamos e fazer parte de uma família também significa compreender o contexto e a realidade a sua volta.
Portanto, se queremos que nossos filhos tenham uma relação saudável com o consumo, com o dinheiro e com o valor das coisas, precisamos dar mais atenção ao nosso modo de vida, a nossa forma de tratar as “coisas” e trazer estes temas para as conversas de família. Conversar com as crianças sobre o funcionamento da vida pode ser além de um grande aprendizado, um momento de muita troca e prazer.
Mas quem melhor do que nós tem dicas e alertas importantíssimos sobre o tema é a autora do texto abaixo. Com a palavra, caros amigos, a especialista em assuntos da infância, a psicologa Rosely Sayão.
Boa leitura!
Um beijo
Andrea e Anna
O consumo dos mais novos
ROSELY SAYÃO – Psicóloga e consultora em educação. Fala sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialogar sobre o dia-a-dia dessa relação.
01/12/2015 02h00
Não é novidade que as crianças têm contato com quase tudo do mundo adulto, inclusive com situações com as quais elas ainda não conseguem lidar.
Todos os dias elas ouvem e veem cenas que envolvem tragédias, assassinatos, violências, sexualidade abusiva etc. Se para muitos adultos é difícil seguir em frente com todas essas informações, imagine, caro leitor, para uma criança.
Por outro lado, talvez por compensação, a maioria dos pais protege as crianças de fatos e de situações da vida que evitam que elas entendam a realidade, e com as quais elas poderiam lidar.