Em um mundo hiper voltado para o consumo, é natural a dificuldade de encontrar o equilíbrio entre a necessidade de se ter algo e o simples desejo, não é mesmo?
Sem de forma alguma querer condenar os desejos, o fato é que muitas vezes precisamos parar e pensar inclusive na necessidade e na origem dos nossos desejos. Sim, porque diante de tantas “necessidades” criadas por nossa sociedade, como distinguir um desejo genuíno de um desejo imposto?
E isso acontece muito. Tanto, que muitas vezes sem nos dar conta, trocamos ou compensamos sentimentos por coisas. Aí, meu amigo, é hora de perceber que perdemos a mão e o consumo nos consumiu!
Prestemos mais atenção, nada material pode compensar um ato de carinho, uma palavra amorosa, um momento com quem amamos.
E se isso vale para o mundo adulto, para as crianças, então, multipliquemos por mil. Nossas crianças precisam de mais presença, mais momentos, mais vivências e menos (muito menos) coisas que só temos comprando.
Por esta razão, que o texto escolhido pra essa semana aqui no Blog é uma reflexão ao consumo INconsciente, ao uso dos bens como moeda de troca, ao cuidado (sem radicalismos, ok?) que devemos ter com a relação das crianças com as coisas!
Afinal, criança aprende muito pelos exemplos e nós pais somos os primeiros responsáveis pelos valores que ficarão!!
Boa leitura
Um Beijo
Andrea e Anna
Você está criando um filho materialista?
Estudo norte-americano sugere que usar presentes e bens materiais como castigo ou recompensa pode ser prejudicial para a construção dos valores da criança
Com base nas respostas, foi possível apontar três comportamentos dos pais que contribuem para formar um adulto materialista:
– Dar presentes quando a criança conquista algo, como ganhar um jogo de futebol ou ir bem na escola;
– Usar presentes como prova de afeto;
– Tirar um bem material como forma de castigo.
“Essa questão vem sendo apontada há algum tempo na história da pedagogia. Já na década de 40, a educadora Maria Montessori dizia que a maior recompensa que a criança tem é o próprio êxito”, diz Edimara de Lima, diretora pedagógica da Prima-Escola Montessori de São Paulo, destacando que essas crianças acabam sendo também mais imediatistas e ansiosas.
Para a especialista, não há problema em presentear a criança no caso de comemorações importantes, mas é preciso haver uma medida, até para não usar o presente como chantagem disfarçada. O mesmo vale para a punição, que precisa ser coerente e proporcional para funcionar de maneira adequada. “Não pode ser algo aleatório, tem que haver uma relação lógica e direta com o que aconteceu”, afirma Edimara.
O mais importante é não usar bens materiais como moeda de troca na hora de educar e se relacionar com os filhos. Você pode ensiná-lo a valorizar o que já tem e a consumir de maneira adequada. “O bom comportamento pode e deve ser premiado com afeto no lugar de produtos. Vale um abraço dos pais ou uma palavra carinhosa. A criança precisa perceber que contribuiu de alguma forma”, explica Gabriela Yamaguchi, especialista do Instituto Akatu, ONG que trabalha pelo consumo consciente.
A presença ainda é o melhor presente. Deixe bilhetes e recados, verbalize seu orgulho e alegria com as conquistas dele e separe um tempo para desenvolver atividades em família. Pode ser uma brincadeira que ele goste, um momento de contação de histórias ou até um banquete em casa, organizado por vocês com a comida favorita dele. Quando for época de aniversário ou Natal, converse sobre o excesso de pertences e organize uma limpeza no armário para abrir espaço para as novas aquisições. Separem juntos o que vai para a doação e para a reciclagem. A ideia é aproveitar esses momentos para reforçar os valores da família. “Sem perceber, os pais muitas vezes acabam construindo um vocabulário voltado para o valor exacerbado do consumo “, diz Gabriela. Pense nisso!
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2015/01/voce-esta-criando-um-filho-materialista.html