As crianças e suas (simples) necessidades

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Se você teve a curiosidade de nos conhecer melhor e deu um “pulinho” ali na página “sobre” do blog, já sabe exatamente qual é a nossa proposta. Mas se você acabou de chegar por aqui e não sabe direito o que te espera, não faz mal, faremos um resuminho pra que você se sinta em casa.

O nem boneca nem carrinho surgiu da vontade que temos de resgatar nas pessoas o prazer pelas coisas simples da vida, especialmente no que se refere ao universo infantil. Nossa ideia é lembrar que embora muitas coisas tenham mudado e ainda mudarão, criança é criança e, por isso, muitas das coisas que nos fizeram felizes na infância ainda continuam fazendo sucesso entre os nossos pequenos.

Nessa matéria super bacana do Dr. Daniel Becker, uma pesquisa realizada com mais de 1500 crianças entre 4 e 10 anos revela o que faz uma infância feliz. A conclusão é deliciosa e se encaixa perfeitamente na nossa proposta. Sinal de que estamos no caminho certo e melhor, ligadas às reais necessidades da molecada.

Portanto, com a palavra, as crianças!

Um beijo

Andrea e Anna

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Infância feliz

A Sociedade Brasileira de Pediatria e o Instituto Datafolha realizaram uma pesquisa importante para entendermos o universo emocional da infância no Brasil. Foram ouvidas 1.525 crianças brasileiras de 4 a 10 anos, de todas as classes econômicas, em 131 municípios.

A metodologia utilizou uma escala visual de cinco pontos (cartão “de carinhas”), para que as crianças manifestassem seu estado de alegria ou tristeza frente a diferentes situações ou propostas.

Alguns dos resultados:
– O que deixa a criança “muito alegre” e “alegre” é o dia do seu aniversário (96% das respostas), praticar esporte (94%), brincar com os amigos (92%), as férias escolares (91%), assistir TV (90%).
– A situação na qual se sente “muito triste” e “triste” (71%) é ficar longe da família.
– Em matéria de brincadeiras, os primeiros lugares foram: jogar bola (33%), brincar de boneca (28%) e assistir TV (26%). Andar de bicicleta veio a seguir, com 19%. O pega-pega ficou 17%. Empataram, com 14 % das preferências, o esconde-esconde, brincar de carrinho, casinha e vídeo-game. O computador vem com apenas 9% (é bem mais popular entre os mais velhos). Apareceram também soltar pipa e desenhar/pintar (6%), pular corda (5%), brincar de corrida, animal de estimação e… estudar (4%, ui!).

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Algumas das conclusões dos organizadores:
– O que faz a criança feliz não é o brinquedo: é brincar, é conviver com a família e amigos.
– A criança não é consumista por natureza.
– O núcleo familiar proporciona sensações de felicidade.
– Fica clara a grande importância dada pelas crianças ao convívio – tão decisivo para o seu desenvolvimento emocional – não apenas com a família nuclear, mas também a “estendida”;
– 87% dos entrevistados se definem como “alegres” ou muito alegres” quando estão com os avós, os irmãos, na mesa com a família e quando pensam na mãe.
– 47% ficam “tristes” ou “muito tristes” quando brincam sozinhos. A convivência é claramente muito importante para as crianças de todas as idades.
. As brincadeiras tradicionais trazem mais alegria: apesar da forte presença da TV e dos eletrônicos, ainda existe o Brasil das brincadeiras tradicionais. E estas ainda trazem mais alegria do que as propostas mais “modernas.”
– Brincadeiras de rua, apesar das limitações impostas pela violência urbana, estão em primeiro lugar no desejo das crianças.
– Em geral, a criança se volta para o brinquedo eletrônico quando está sozinha. Mas se for oferecida uma alternativa, prefere.
– Os eletrônicos entram na vida da criança muito cedo e ganham espaço excessivo. As menores, expostas, acabam adquirindo o hábito;
As crianças têm uma boa auto-imagem. E o futuro é bem-vindo: 87% dos entrevistados ficam alegres quando pensam em si mesmos como pessoas grandes.
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Enfim: somos felizes, ainda. Gostamos de brincar lá fora e com amigos; gostamos de estar em família; computador e TV é bom, mas pega leve. Não precisa me dar tanta coisa, prefiro você mesmo. E vamos jogar bola. Ô, gente de bom senso.

Acompanhe o Dr Daniel Becker em sua página no FB e seu blog:

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http://pediatriaintegral.com.br/

Fonte: http://www.amamentareh.com.br/infancia-feliz/

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